quinta-feira, 21 de maio de 2009

Não sou feliz, mas tenho marido

É uma peça em que Zezé Polessa dá vida a Viviana, uma mulher casada há 27 anos, que finalmente consegue realizar um grande sonho: lançar o seu livro "Não Sou Feliz, Mas Tenho Marido" --título que dá nome à peça. Durante uma coletiva de imprensa, fustigada pelas perguntas dos jornalistas, ela fala do seu casamento.


(Teatro Procópio Ferreira)

Porque será que tantas mulheres se sujeitam a ficar com um homem que não amam? A permanecer em um casamento que não as faz feliz?
Qual será o problema em se libertar, começar de novo, procurar a felicidade?
O começar de novo parece cansativo demais. Você vai ter que sair de casa, ir para aqueles bares onde “jovens solteiros” se olham, se procuram, se experimentam.
Ou então, provavelmente, você vai passar dias em casa na frente do computador, conhecendo vários “Deuses Gregos”, “Bonitões de 40”, “Solteiros à procura”...
Ah, no fim vai dar muito trabalho, é arriscado!
Talvez a felicidade pareça mais uma ilusão. Talvez a gente acredite que vai ser igual com qualquer outro... Que a fase do amor já passou mesmo.
Mas às vezes a mulher já esta sozinha. Já vive sua vida sem a participação do marido.
Não compartilham idéias, preocupações, alegrias. Muitas vezes nem mesmo a cama.
Ela não sabe onde ele está, pra onde ele vai. Ele nem se lembra do dia em que se conheceram.
E eles ainda têm filhos em comum!
Os filhos! Que culpa têm os filhos? Pra onde vão os filhos? Com quem?
Ah.. É melhor esperar que eles cresçam um pouco. Mudanças agora não vão ser boas para o ritmo escolar.
Ela abdica da sua vida em função da família, das aparências. E assim vai ficando cada vez mais dependente do outro, e cada vez mais sozinha.



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