sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Lá onde a identidade individual se apaga, não há nem punição nem recompensa. - Junger, Ernst


E assim, fica o vazio...

Será que é assim com todo o mundo? Quem nunca pensou: "Nossa, o que estou fazendo com a minha vida?"
- Porque não fui estudar na Austrália em 2002?
- Não seria melhor ter seguido outra carreira? Sou realmente feliz na minha profissão?
- Se um filho não tivesse vindo naquele ano, onde eu estaria agora? Como?
- É esse o cara certo mesmo?
- Estou contente com a minha vida?

Vozes profundas... às vezes mais rasas...
Cadê a vontade de lutar por meus princípios? Cadê os princípios? CADÊ EU?

Sem punição ou recompensa, ficamos ali... Como num limbo onde não nos encontramos. Medo até de aquele raciocínio perdido não ser mesmo o nosso.
Grande sinal do nada que somos. Não nos contentamos com a vida que temos em nós e no nosso próprio ser. Com a vida que criamos.

E nesse apelo por alguma verdade, muitas vezes trocamos uma coisa por outra igual, uma vida mecânica, superficial. Relações externas, imediatas, provisórias.. vida que não nos satisfaz inteiramente.
Novamente.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ansiedade.com.br

Depoimento realíssimo

Em algum dia aparentemente comum você percebe sentir algo estranho, tenta desviar a atenção, mas aquela sensação esquisita parece te acompanhar e sugar suas energias. Talvez você já tenha passado por isso alguma outra vez, mas se distraiu e a sensação foi simplesmente embora, mas dessa vez você sente que aquilo começa a te deixar em pânico ,tira seu fôlego e começa fazer você perder o controle. Comigo foi assim, eu me encontrava em uma situação complicada na minha vida pessoal e social. Nunca pude imaginar que isso me faria quase enlouquecer, mas em uma noite qualquer, num restaurante na cidade de Pontevedra (Espanha) pela primeira vez a ansiedade me pegou.

Lá estava eu esperando minha lasanha. Já me sentia algo incômoda mas tentava me distrair enquanto conversava, quando me serviram o prato e ao invés de começar a comer, comecei a enrolar e fazer tentativas. Algo me dizia: ”Se você colocar uma só colherada na boca vai vomitar e todo o mundo vai te olhar …”

Fiquei com medo, me sentia fria e pálida. Então me levantei e fui até o lavabo e quando me olhei no espelho me vi completamente branca, sem cor nos lábios, olheiras e fria como um defunto.


Na volta, a presença das pessoas me dava medo. Eu não sabia porque, mas apenas quis ir embora, sem tocar na lasanha.


Quando sai daquele lugar, parecia que estava no céu. Mas não durou muito tempo; No mesmo dia, quando outra vez eu estava em público tive a primeira crise de ansiedade.


Minhas mãos suavam frio. Tive tontura, náuseas e uma série de coisas que se alternavam a cada segundo. Eu sinceramente pensei que estivesse morrendo e tudo aquilo só acabou depois de ir ao hospital, tomar um trankimazin 0,5 (um tipo de ansiólitico) e ir pra casa dormir. Porém desde então, paguei muitos micos, fiz muitas visitas à urgências e deixei de fazer muitas coisas por medo de voltar a passar por uma crise em público.

Nas primeiras vezes, os médicos deram o diagnóstico da seguinte forma: Crise de ansiedade. Mas logo depois eu já comecei a apresentar o medo de estar em meio às pessoas, sendo caracterizado como agorafobia. E ainda tendo sofrido pouco cheguei ao ponto que considerei o pior de todos: Síndrome do pânico e ansiedade generalizada. Ou seja, uma louca de pedra.


No entanto, mesmo sabendo do meu problema e sabendo que ele era psicológico, diante de uma crise eu não tinha controle e lá estava eu montando os mesmos espetáculos. Tinha medo de morrer. Tinha sinais que me levavam a pensar estar doente. Cada dia era uma coisa diferente, entre elas sentir que um lado da minha cabeça estava dormente e fria, ou que meu coração estava acelerado demais, tonturas e uma falta de ar incrível. Para todos esses sintomas eu encontrava uma explicação: um dia achava que tinha um tumor cerebral, HIV, leucemia, câncer. Fiz inúmeros exames e todos eram negativos, pois o que eu tinha era uma imensa depressão e uma grande solidão, que afetavam bruscamente meu estado psicológico, me causando medo até de entrar no trem para ir trabalhar.

Ao final foram mais de dois anos nessa angústia. Eu chegava a ter pena de mim por ser jovem e ter que passar por tudo aquilo. Mas hoje posso dizer que já não tenho mais crises de nenhum tipo, embora tenha alguns medos sem muita lógica, mas acredito que isso já faça parte do meu caráter e da minha personalidade.


Sentia muita raiva que as pessoas pensassem que eu era usuária de drogas, quando não era. Quando eu dizia sofrer de ansiedade, as pessoas pensavam que ansiedade leva você a comer demais e que não provoca crises. Sinto raiva até hoje que as pessoas não entendam o quanto isso é difícil e que os ansiosos ouçam: “Você precisa se controlar...”

Texto de: Cleide com L

Vai saber


Ele pode estar olhando as suas fotos . Neste exato momento . Porque não ? Passou-se muito tempo . Detalhes se perderam . E daí ? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz . Escondida . Sem deixar rastro nem pistas . Talvez ele faça aquela cara de dengoso e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças . As boas . Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você . Todos os dias . E ainda assim preferir o silêncio . Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros . Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes . Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta . Não há escape . Talvez ele perceba que você faz falta . E diferença . De alguma forma, numa noite fria . Você não sabe . Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado inverno em Paris . Talvez ele volte...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A tática de janeiro

Esse começo de ano me fez relembrar todas aquelas promessas de janeiro, resoluções de ano-novo... Que sempre são deixadas de lado em fevereiro.
O clima de começo de ano nos dá vontade de prestar mais atenção em nós mesmos, de extinguir os hábitos ruins. Começar aquela dieta, cuidar mais da saúde, fazer exercícios físicos....
Alguns prometem para de mentir, de sofrer por alguém que não merece, procurar um emprego realmente satisfatório.
Mas, infelizmente, logo logo essas vontades vão minguando. Os erros começam a ser cometidos novamente, sem aquele empurrãozinho essencial de janeiro...
Eu penso numa outra maneira de me motivar para essas resoluções. Claro que início de ano sempre é renovador!! Esperanças novas em folha pra gente aproveitar!! 365, ou 366 dias inteiros pela frente, pra colocar todos os planos em prática!! Isso é uma delícia. Muitas boas ideias surgem nesse período do ano.
Mas eu costumo olhas as segundas-feiras com um certo ânimo..
Talvez seja difícil para algumas pessoas pensar em comer pouco por um ano inteiro. Ou então tentar adivinhar como estará seu relacionamento daqui a 6 meses, para jurar que não vai mais aguentar desaforos! É difícil prometer ser mais compreensiva e perdoar mais sem saber quem deve compreender, ou o que se deve desculpar....
Eu faço planos mais curtinhos.
Acordo na segunda e penso o que posso fazer de bom por mim nessa nova semana! São 7 dias que eu tenho para aproveitar, para me fazer bem, para me cuidar!!
Apesar daquela preguiça básica que todo mundo tem nesse dia, ele nunca deixa de ser uma esperança renovada.
Consigo pensar em ir pra academia 4 vezes, comer saladinha em 6 refeições. Sair pra dançar em pelo menos 1 dia... Não brigar com o namorado por esse tempo curtinho; Ler ao menos 1 livro que estou com vontade; Falar com 1 ou 2 amigos que me fazem falta.

Bem mais fácil de cumprir, né?? E ainda, se eu quiser viajar, se estiver cansada, se aparecer algum problema, surgir uma nova pessoa ou mesmo se me enjoar de qualquer coisa, posso mudar tudo no próximo final de semana ;)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Quase um ano depois....



Novo post depois de quase um ano sem aparecer por aqui...



Um ano de imensas mudanças em todo o mundo, em todas as pessoas e claro, absurdas mudanças na minha vida.



Hoje venho para firmar o desejo de um 2012 LINDO E DOCE!! Pra mim e para o mundo.... para todas as pessoas que me cercam, que fazem parte dessa minha bagunçada vida... Que fizeram parte de todas essas mudanças e todos os acontecimentos de 2011... Para todo mundo que cuidou de mim nesse ano, porque eu precisei demais. Principalmente pra toda a minha família, que passou juntinho comigo por situações que nem sei caracterizar. E família aqui não significa só parentes consanguíneos. São todos aqueles que sabem que são os meus amores.






Toda aquela motivação de começo de ano, esperança de dias melhores, sol de verão pra gente adquirir melhor a vitamina D...absorver melhor o cálcio...






-LINDOS DIAS PARA O NOVO ANO!! Amor! Carinho! Positividade! Ânimo! Família! SAÚDE! Paz! Cumplicidade! Companheirismo! QUALIDADE DE VIDA!